Não sei o que quero
Nesta encruzilhada de luzes e mares, mãos trêmulas e palpitações.
O que sinto ressurge de audácias,
Em desenhos que deslacram a prudência.
Uma infância límpida, voz de criança esvaindo em sonho,
E o aborto de beijos num escuro sem móveis.
A igrejinha no alto do morro,
A serpente do Armagedon, presa por um único fio,
E uma velhinha de tacho e histórias.
Com as maletas de couro gasto arriadas,
As dúvidas postas na estrada,
A gente se ombreia e entrelaça os dedos
De costas para a tragédia, contemplando um caminho de flores
Num andar pueril, melancólico e incompleto.
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